Fazia um tempo que eu não me atrevia
A pensar de novo em você…
Mas acontece que o destino me deu essa música e…
O seu nome apareceu no meu olho hoje.
Me perdoa, mas a culpa não é minha
é da Tiê…
Eu sei que a gente quase já conversou a respeito;
E que você sabe que, mesmo com a dor,
foi você quem me deu essas batidas rápidas do meu coração.
Mas sempre que vejo os seus olhos, eu lembro deles
No dia em que te dei o último “não”‘.
E por isso eu queria te dizer…
Bem, eu não sei exatamente o quê…
“Passado o passado, acho que eu mesma
Esqueci o tom.”
Da primeira vez, foi você que foi para lá.
Naquela tempo, eu senti o ar saindo, devagar
E eu resolvi me deixar sufocar naquela despedida torta
num ponto de ônibus.
E me afoguei, devagarinho, porque você não era mais meu.
E eu me forcei a mudar de direção
Porque, só de te olhar, o ar me escapava mais e mais.
E eu resolvi que iria para lá,
para um mundo longe do teu.
Da segunda vez, quando você me procurou,
Quem fingiu que não estava ali
fui eu.
Eu sei, eu sei…
Que parecia inaceitável, a minha decisão.
“Me desculpa que eu não fui sua namorada”,
pois eu ainda estava atordoada, sentida, desconfiada…
O ar nunca mais veio, então.
E mesmo para sempre afogada,
a gente meio que tem a obrigação de saber
seguir em frente.
Só me perdoa pelas nossas lágrimas derramadas,
quando eu decidi fechar essa história.
E só lembrar de você quando
o ar falta e a música embala
o destino
da minha memória.